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A inspiração é um dos principais sentimentos capazes de mover o mundo, pois propicia ao ser humano buscar o seu melhor diariamente. Embora seja um singular start, sozinha não é capaz de vencer os vários obstáculos existentes e, consequentemente, promover a verdadeira transformação. Mas, se aliada à atitude, a chave-mestra que abre portas e constrói pontes, os desafios são superados e os sonhos se tornam possíveis. Alicerçada nesse entusiasmo e propósito, a fim de dar início a uma nova etapa na história do Brasil, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla de 2022 enfatizará a necessidade do empenho de toda a população na luta pela eliminação das barreiras intransponíveis para garantir a plena inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
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Neste ano, a campanha – desenvolvida pela Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) desde 1963, entre os dias 21 e 28 de agosto, e introduzida no calendário nacional pela Lei nº 13.585/2017 – terá como tema “Superar barreiras para garantir inclusão”. O assunto tem por propósito chamar a atenção dos brasileiros para frisar que, apesar dos direitos e avanços conquistados por meio de legislações e políticas públicas, nas quais a organização atuou na linha de frente, as pessoas com deficiência ainda sofrem resistências, mesmo o artigo 4º da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) afirmando: “Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”.
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Mas, infelizmente, são inúmeras as barreiras que impedem a plena inclusão de mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, colocando-as à margem da sociedade. São elas: urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na informação e as tecnológicas. Porém, as que causam maior impacto são as atitudinais, que se referem a atitudes e comportamentos que impedem ou prejudicam a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas.
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Ignorância, medo, rejeição, percepção de menos-valia, inferioridade, piedade, adoração do herói, exaltação do modelo, percepção de incapacidade intelectual, efeito de propagação (ou expansão), estereótipos, compensação, negação, substantivação da deficiência, comparação, atitude de segregação, adjetivação, particularização, baixa expectativa, generalização, padronização e assistencialismo e superproteção integram os diferentes tipos das barreiras atitudinais.
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Presentes no dia a dia, mesmo em pleno o século 21, essas barreiras são as mais comuns e estão firmadas – sejam explícitas ou não, sejam intencionais ou não –, por exemplo, em ações, omissões e discursos preconceituosos, pejorativos e estigmatizados que, devido às suas capacidades de inibir, coibir, oprimir, desencorajar, entre tantos outros fatores negativos, ocasionam a exclusão e a segregação das pessoas com deficiência nos ambientes sociais, tais como nas escolas e no mercado de trabalho, e até nos lares.
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Por isso, reforçando sua ímpar missão de levar informação e conhecimento e de prezar pelo respeito à dignidade da pessoa humana, por meio da Semana Nacional, vai convocar a sociedade para se unir em favor do projeto de garantir a plena inclusão social das pessoas com deficiência, fator primordial para garantir verdadeiramente seus direitos e para o exercício da cidadania.
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E para que esse sonho se realize, trabalharemos pela conscientização inclusiva, para que possamos despertar na população não somente uma reflexão, mas que se inspire e aja com determinação para identificar e colocar um ponto final em ações, comportamentos e concepções que desagregam e se materializam em muros nas mentes e nos corações dos brasileiros. Pois só assim, com a desconstrução das barreiras, sobretudo em relação às atitudinais, a partir da disposição de toda a sociedade em considerar as necessidades das pessoas com deficiência, viveremos em um país inclusivo.
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No ano passado (2021) a temática foi “É tempo de transformar conhecimento em Ação”, que apontava para o fato de hoje o Brasil ter uma das legislações mais avançadas do mundo no que se refere à garantia de direitos das pessoas em situação de deficiência, no entanto, na prática, a maior parte do que se assegura na lei não é acessível a todos.
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